quinta-feira, 19 de julho de 2012

Faça acontecer ou Cale-se!


( Fonte da imagem: www.facebook.com )


Ah, vou te contar, viu!

Francamente ando meio estressado, aliás, não. Estressado não seria uma boa palavra, mas (com o perdão da frase) “de saco cheio” funciona bem.

Noutro dia, dando os meus rotineiros bordejos pelos  pelo do Facebook me deparei com a imagem acima, e fiquei fascinado. A achei interessantíssima, pois expressa bem meu sentimento quanto às eleições de 2012 (e não só a estas).

De antemão peço desculpas pelas palavras, mas poxa, vamos pensar um pouco.

“Lembro-me de uma época em que o facebook era um lugar interessante com a elite cultural da internet.” Quando foi isso? Por favor, vamos colocar a mão na consciência que o Brasil tem grandes maravilhas naturais e atrativos culturais de sobra, mas elite cultural que se preze, a meu ver, não fica por ai reclamando da vida dos outros, pois é isso que está sendo feito por essas bandas cibernéticas.

Elite cultural de fato faz e não fica falando. 

Práxis é uma ótima definição de quem se julga intelectualizado quando não sabe ao menos textualizar o significado e a hermenêutica desta palavra. E o que é melhor, quem de fato é intelectualizado FAZ o que prega, e não fica no falso ensinamento.

Vejo, aliás, vemos postagens todos os dias falando mal à beça de emissoras de TV e rádio do Brasil que não divulgam isso ou aquilo. Concordo plenamente com a indignação, mas pensemos: ao invés de reclamar que a GLOBO não divulga a greve, que tal explicar a população que não está tendo acesso a esta informação o que está de fato acontecendo? Coloquemo-nos no lugar do pai de família, que não sabe o que anda acontecendo dentro do campus da universidade, e ao ver uma postagem no Facebook, ou alguém comentando na rua sobre a greve o máximo que ele dirá (seguindo a cultura popular desinformada) é que “estão querendo ganhar mais!”, então, para este pai de família, que seja explicado o real motivo e quais reivindicações estão sendo feitas para garantir o direito dos professores.  O Facebook é um veiculo de informações e muito poderoso. Haja vida sua repercussão sobre o novo código florestal.

Então, se as emissoras não estão fazendo a parte delas, que façamos a nossa. Politicamente correta, claro. Esclarecendo sobre os fatos. E não vamos nos esquecer, mantemos essas emissoras! Mas elas não são nossas, então, não podemos meter o bedelho no que é dos outros.

Temos também as inúmeras postagens sobre a suposta ladroagem na capital federal. E sim, uso a palavra (e muito bem) “Suposta”, pois eu, Hudson Giovanni não posso provar nada. Daí, vemos todos os dias essas postagens dizendo que “políticos são corruptos”, “bancada tal é mal estruturada”, “como pode Fulano de tal ser deputado”, “o prefeito ‘X’ não calçou minha rua”, “a Câmara de tal lugar aumentou os salários dos secretários e os seus próprios, e quem é funcionários não tem aumento”, poxa! Vai às ruas e aprende a votar! Quem colocou cada um dos membros do administrativo e legislativo desde o municipal ao federal fomos nós! Se tivermos que “meter lenha” em alguém é em nós mesmos. Se você acha que político não presta e seu discurso é melhor, candidate-se! Simples. Ou apenas participe do processo, como eleitor consciente e busque informações que te deem amparo escolher seus candidatos por seu histórico e ações, e o mais importante: VOTANDO!

Mas há algumas perguntas, que sinceramente, não quer calar:

  • Você compra sua carne em um açougue que você percebe que não há a mínima condição de higiene?
  • Você entregaria seu carro para um mecânico que não tem boa fama enquanto profissional?
  • Você matricularia seu filho em uma escola, ou se matricularia em uma faculdade que não é credenciada ao MEC?
  • Você faria uma cirurgia com um médico que não possui diploma de medicina?


É claro que já sei a resposta para tais perguntas, e o que é pior, você também sabe!

Então! Reaja e faça de sua vida a prática do que você mesmo diz. Simples.

Reclama-se muito que o Facebook virou um lixo virtual com compartilhamento de imagens com textos idiotas e sem cultura. Está achando ruim? Poste algo que de fato seja seu e que busque a melhoria que você acredita ser melhor para o Facebook.  É claro que toda e qualquer rede social TAMBÉM é lugar de descontraçãoTal qual um bate papo entre amigos, há o momento para discutimos assuntos sérios, mas há também o momento de rimos juntos e falarmos besteiras e assuntos sem relevância. PIADAS!

Agora, ficar reclamando por ai sem fazer nada, já é demais. Então, das duas uma: Faça acontecer ou Cale-se!







Obs.: O autor da postagem não está fazendo apologia a nenhum grupo político ou menção a nenhuma candidatura. A única intenção e foco desta postagem é alertar a população para sua importância no processo de construção do espaço e futuro da nação.



3 comentários:

  1. Hudson: aluno cibernético, dententor de um capital cultural legítimo e legitimado como diria Bourdieu (nosso próximo amigo de diálogos). Precisamos ser mais materialistas no sentido Marxiano, seu texto reflete bem essa perspectiva. Fazeres e saberes que alterem a vida social, tornando-a mais digna não só para "MIM, mas, sobremaneira, para nós. Se votássemos pensando no que o nosso representante político fará para a sociedade em geral, independente da "dívida de gratidão" que tenho com ele ou não... teríamos representantes políticos mais éticos, mais humanos, mais administradores do bem comum.
    Abç,
    Fernanda.

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  2. Estimada MSc. Professora Fernanda,
    Sou-lhe grato pelos comentários lisonjeiros encaminhados a mim. Sou, de fato, sou um turbilhão de emoções e sentimentos, que em minha jornada vou somando e agregando dos que junto a mim caminham rumo ao futuro. Portanto, sou galgado e moldado conforme àqueles com quem compartilho o conhecimento.
    Mas você, professora, conseguiu de fato compreender toda a temática de nosso texto. Temos sim que focar nosso desejo de desenvolvimento pensando no comum, no coletivo, e nos desmembrarmos do pensamento individualista (como muito bem exposto por você em nosso último semestre).
    E vamos a uma piada interna, ou como dizemos por essas bandas cibernéticas: “em off”.
    Sempre disse que sou muito mais durkheimiano do que marxista. Rsrsrs
    Forte abraço,
    Com. D. Hudson Giovanni

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  3. Hudson,
    buscando uma interpretação diferenciada, destaco um ponto interessante: as redes sociais trazem consigo maior interação do que a mídia televisiva, por exemplo. Obviamente que para obter um aproveitamento maior disso, nada melhor que "saber buscar informações" e "ir além das aparências". A movimentação nestas redes começam a perturbar, afinal o emissor conta agora com o contato e resposta do receptor. Há formas de manipulação? Sim, mas temos possibilidades de discutir, contrapor ideias e ir além do pensamento homogêneo.
    A rede enquanto espaço virtual apresenta uma variedade muito interessante de posicionamentos ou até a falta dele. Personagens, interpretações, depoimentos sinceros e até a abertura indiscreta da vida pessoal encontramos por lá. A sociedade é assim e a rede reflete parte disso. Temos que dar oportunidade à livre expressão com limites em relação a agressões e crimes previstos em lei.

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